segunda-feira, 22 de agosto de 2011

FLÚOR, POR QUE O BRASIL CONTINUA USANDO?


A fluoretação da água é obsoleta. Nações que continuam praticando isso deviam envergonhar-se de si mesmas” (Dr. Arvid Carlson, farmacologista sueco, Prêmio Nobel de Medicina/Fisiologia, 2000, em entrevista à Fluoride Action Network )

José Ortiz Camargo Neto,
Jornalista científico trilógico
artigo publicado originalmente pelo autor no jornal STOP a Destruição do Mundo
http://www.stop.org.br/, que aqui vai acrescido de mais detalhes, pois, por razões de espaço, não caberiam num artigo de jornal impresso.
           
A colocação de flúor na água servida à população é proibida na Áustria, Bélgica, Dinamarca, Finlândia, França, Alemanha, Islândia, Itália, Luxemburgo, Holanda, Noruega e Suécia (97% da Europa Ocidental), por ser considerada uma prática antiética (“medicação forçada”), perigosa ou nociva ao ser humano e ao ambiente (Fluoride Action Network (FAN)  http://www.fluoridealert.org/govt-statements.htm )

No Brasil, ao contrário, a fluoretação da água é obrigatória em todas as cidades, através da lei nº 6050 de 24 de maio de 1974, promulgada na era Geisel, a qual é  apoiada  pelas cinco entidades profissionais de odontologia de âmbito nacional (Conselho Federal  de Odontologia, Associação Brasileira de Odontologia, Federação Nacional de Odontologistas, Associação Brasileira de Ensino Odontológico e Academia Brasileira de Odontologia). Estas entidades, em 1988, subscreveram um documento nacional pró-flúor, “que afirmou a fluoretação das águas de abastecimento público como um dos pilares básicos para a prevenção da cárie no Brasil” (Guia de Recomendações para uso de fluoretos no Brasil – Coordenação de Saúde Bucal do Ministério da Saúde, 2010).

Em excelente artigo intitulado “Toxicidade do Flúor”, publicado no site da Associação Brasileira de Medicina Complementar, o médico Arnaldo Veloso da Costa informa que dos Estados Unidos vem a denúncia que  a água do país é fluoretada com “substâncias obtidas de filtros depuradores de   refugos  industriais de fábricas de fosfatos fertilizantes , as quais contêm contaminantes como arsênico, chumbo, cádmio, mercúrio e substâncias radioativas, legalmente  consideradas dejetos  industriais e proibidas de serem dispersados no meio ambiente (manifesto de cientistas e funcionários da US Environmental Protection Agency - a Agência de Proteção Ambiental norte-americana  em 6 de maio de 2003). http://www.medicinacomplementar.com.br/toxidade_fluor.asp

O Ministério da Saúde do governo brasileiro, em seu Guia de Recomendações para Uso de Fluoretos no Brasil  confirma: “Os elementos químicos usados no processo de fluoretação de águas advêm da fabricação de fertilizantes, tendo por base fosfatos (Cremer; Butner, 1970)” (ver trechos desse documento neta matéria).

Além desses contaminantes apontados pela EPA, cujos efeitos nocivos e iatrogênicos são óbvios, centenas de estudos sérios disponíveis na internet apontam que o flúor  acumulado no organismo pode causar doenças como: fluorose (manchas marrons e brancas nos dentes), senilidade precoce, arteriosclerose, degeneração dos ossos, distúrbios neurológicos e muitos outros.

Estas são algumas das informações trazidas pela Fluoride Alert Network (FAN): “O flúor, de acordo com o National Research Council, pode trazer danos: 1. ao cérebro, com alteração de QI em crianças subnutridas; 2) riscos  para a  glândula tireóide ; podem reduzir a função da tireóide em indivíduos com baixo consumo de iodo; a redução da atividade da tireóide pode trazer   perda da acuidade mental, depressão e aumento de peso); 3. Riscos para os ossos, de enfraquecimento e fraturas. Cientistas de Harvard encontraram conexão entre flúor e uma séria forma de câncer de ossos (osteosarcoma); 4. os pacientes com problemas renais são particularmente susceptíveis à toxicidade do flúor devido à inabilidade para excretar os fluoretos do corpo, o que pode causar ou exacerbar a dolorosa doença dos ossos conhecida como osteodistrofia renal (www.fluoridealert.org).

A desmoralizada OMS
Uma das principais e sempre citada apoiante da fluoretação da água é a Organização Mundial da Saúde (OMS) da ONU, que, como se sabe, encontra-se mundialmente sob suspeita, depois que foi  publicamente desmoralizada no ano passado, acusada de forjar uma falsa pandemia de gripe suína para favorecer os laboratórios produtores das vacinas.  Que moral tem ela para apoiar agora o flúor, que atende a tantos interesses das indústrias que querem se livrar de seus dejetos industrais? O pneumologista alemão Wolfgang Wodarg, líder do subcomitê de Saúde na Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa, acusou-a dessa conivência com a indústria farmacêutica, fato que ainda não foi convincentemente esclarecido pela OMS. http://tv1.rtp.pt/noticias/?headline=46&visual=9&tm=35&t=Wolfgang-Wodarg-acusa-OMS-de-criar-%93falsa-pandemia%94-da-gripe-A.rtp&article=313516.
De qualquer maneira, com ou sem aval da OMS, 97% dos países da Europa Ocidental proibiram o flúor na água, atendendo ao parecer de seus próprios cientistas e políticos, que consideram antiético medicar a população inteira, sem direito a opção, para prevenir um problema que pode ser prevenido de outras maneiras menos perigosas.    

Um documento oficial brasileiro

Trechos do Guia de Recomendações para uso de fluoretos no Brasil, da Coordenação Nacional de Saúde Bucal do Ministério da Saúde (2009)
Supervisão:
Claunara Schilling Mendonça
Coordenação:
Gilberto Alfredo Pucca Junior
Equipe Técnica:
Marco Aurélio Peres (coordenador) – Departamento de Saúde Pública da Universidade Federal de Santa Catarina
Jaime Aparecido Cury – Faculdade de Odontologia de Piracicaba da Universidade Estadual de Campinas
Livia Maria Andaló Tenuta – Faculdade de Odontologia de Piracicaba da Universidade Estadual de Campinas
Paulo Capel Narvai – Departamento de Prática de Saúde Pública da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo
Simone Tetu Moyses – Curso de Odontologia da Pontifícia Universidade Católica do Paraná
Valéria Marinho – Cochrane Oral Health Group, Inglaterra
1.      Sobre a procedência do flúor: “Os elementos químicos usados no processo de fluoretação de águas advêm da fabricação de fertilizantes, tendo por base fosfatos, cuja matéria prima provém de fontes naturais (CREMER; BUTNNER, 1970)”;

2.      Sobre os riscos de falhas humanas: “A adição de compostos fluorados à água é feita na etapa final do tratamento da água. O procedimento é relativamente simples, mas requer atenção e controle por parte de pessoal devidamente treinado. (...) Em nenhuma hipótese água cujo teor de flúor é desconhecido pode ser fornecida à população.
Comentário nosso: Cientifica e praticamente considerando, quer nos parecer improvável, ou até mesmo impossível,  manter sempre aquela taxa considerada perfeita de flúor na água. A fixação de uma taxa exatíssima de flúor a ser adicionado à água (como 0,7 ppm, ou 0,7 partícula por milhão) parece-nos algo fora da realidade. Como alcançar essa proporção matemática exata, estável e contínua em todas as cidades e capitais do país inteiro? Em todas as estações de tratamento? Como conservar imutável essa taxa, que não pode subir  sem riscos à população? É uma ideia megalômana, que não considera a possibilidade de erro humano ou falha de equipamento. É impossível vigiar com essa precisão milimétrica a água todos os dias de todo o Brasil, é outra ideia teomânica. Além disso, o ser humano não ingere flúor só quando bebe da água encanada, mas também em inúmeros produtos fluoretados, sem dizer que todos os alimentos estão fluoretados, por serem regados com água com flúor.
3.      Sobre os riscos aos manipuladores: “Os cuidados de biossegurança envolvidos com a fluoretação das águas dizem respeito basicamente à estocagem dos produtos, uma vez que, dada a concentração em que são armazenados, podem causar danos aos manipuladores.
4.      Sobre os riscos à população fluoretada: “Teores inadequados de flúor em águas têm implicações éticas. Se a água é hipofluorada, não protege contra a cárie, e isso deve ser informado à população. Se a água é hiperfluorada, a população com idade até 9 anos fica exposta a desenvolver fluorose dentária em graus estética e funcionalmente significativos.
5.      Sobre aspectos estranhos da legislação: “A norma brasileira (Portaria MS-GM-518, de 25/3/2004) fixou o VPM de fluoreto em 1,5 ppm. Esse teor é certamente prejudicial aos menores de 9 anos de idade continuamente expostos, e deve ser entendido, sob o aspecto ético, como decorrente apenas do esforço para prover água tratada às populações humanas em todo o país. Tal teor não é contudo o recomendado para o Brasil pela coordenação Nacional de Saúde Bucal nem por qualquer entidade de saúde pública ou instituição odontológica, cujas referências são as indicadas neste Guia. Portanto, a exposição compulsória, continuada de indivíduos menores de nove anos de idade a teores superiores a 0,84 ppmF (onde o teor ótimo é 0,70 ppmF) ou a 1,14 ppmF (onde o teor ótimo é 1,00 ppmF) implica informar seus responsáveis sobre tais riscos, recomendando-lhes evitar ingerir e preparar alimentos com essas águas
6.      Sobre o aumento das taxas de fluorose dentária:   “O impacto da ampliação do uso de produtos fluoretados no controle da cárie dentária em todo o mundo, inclusive no Brasil, especialmente a partir dos anos 1980 e 1990, tem sido evidenciado pelas modificações significativas do perfil epidemiológico da doença. Entretanto, essas mudanças podem estar sendo acompanhadas por uma tendência inversa de aumento das taxas de fluorose dentária (KHAN ET. Al., 2005; CUNHA; TOMITA, 2006; MENEGHIM ET. Al. 2006). Evidências de que a prevalência de fluorose dentária tem aumentado no mundo todo, tanto em áreas com água fluoretada quanto em áreas sem água fluoretada, pela quantidade de flúor ingerida por meio de múltiplas fontes, têm destacado a preocupação com outras formas de consumo. A fluorose dentária é o aumento da ingestão média de fluoretos por meio de múltiplas fontes. O uso de água fluoretada, dentrifrício fluoretado, suplementos com flúor e bebidas ou alimentação infantil em pó contendo fluoretos antes dos seis anos de idade têm sido considerados fatores mais importantes (MASCARENHAS, 2000; WHELTON ET AL., 2004). Além disso, outras fontes adicionais de flúor, como água mieral, sal fluoretado, chás e bebidas infantis podem aumentar o risco de fluorose dentária eem crianças”.
7.      Sobre os acidentes letais: “São raríssimos os casos de intoxicação aguda letal resultante da ingestão de fluoretos em formulações usadas para a prevenção da cárie dentária.  Acidentes letais ocorreram no passado com produtos não mais usados  no presente. " 
 O dr Bill Osmunson,  dentista clínico e estético há mais de 30 anos nos Estados Unidos,  adiciona que além de ser um veneno, o flúor não traz o alardeado benefício de prevenir ou reduzir cáries como provam as estatísticas mundiais. “E se não há benefícios, por que fluoretar?” pergunta ele. http://www.youtube.com/watch?v=ZYjiWW7pv3E
E nós concluímos com a pergunta que inicia este artigo: Flúor, por que o Brasil continua usando?